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Etnocentrismo e liberalismo no neopragmatismo de Rorty

SUMMARY

O propósito deste artigo é investigar a relação entre as noções de etnocentrismo e liberalismo na perspectiva do filósofo neopragmatista Richard Rorty. Nesse sentido, mostramos que essa tênue filosofia política, centrada nas referidas noções, enfatiza a conectividade entre as práticas conversacionais e as questões morais, políticas e sociais compartilhada por culturas diferentes. Na filosofia de Rorty, sua noção branda de etnocentrismo atua como um elemento articulador entre sua perspectiva anti-representacionista de conhecimento e sua versão de liberalismo político. A partir da crítica naturalista que inviabiliza as explicações transcendentais sobre a realidade, Rorty extrai as consequências historicistas necessárias para sua proposição de que há não limites, exceto os de caráter conversacional, para a apreensão e descrição do conhecimento. Nessa proposta etnocêntrica na qual não existe nada que seja transcendente em relação às práticas culturais, contingentes e históricas, tudo é considerado como dependente do provisório consenso intersubjetivo, em termos vocabulares e políticos de determinada comunidade e época.

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