SUMMARY
Este artigo apresenta um levantamento histórico buscando desvelar, mesmo que brevemente, a gênese da educação da criança em situação de risco e vulnerabilidade social, as legislações a que estiveram sujeitas no decorrer desse período e que engendraram a instituição de políticas públicas calcadas em diferentes concepções de criança e de suas infâncias, constituindo-se assim os primeiros passos rumo ao seu reconhecimento hoje enquanto sujeito histórico de direitos. Esse reconhecimento vem impulsionando o desenvolvimento de programas que contemplam, entre outras abordagens, numa perspectiva de cuidado e educação, as especificidades da primeira infância, o fortalecimento das políticas públicas de atendimento voltadas à promoção do desenvolvimento integral e integrado às estratégias de intersetorialidade, à prevenção e à proteção contra toda forma de violência e opressão, na busca pelo reconhecimento dessas crianças como seres humanos de possibilidades, uma vez que, persiste ainda hoje fortemente no imaginário social a perspectiva de criança carente, como ser de falta.