SUMMARY
Este artigo apresenta uma breve reflexão acerca das transformações sóciometabólicas oriundas da reestruturação produtiva do capital. Partimos da premissa de que a transmutação do regime fordista para o conteúdo flexível do Toyotismo não só alterou a dinâmica produtiva, como também intensificou a fluidez em raciocínios centrados na competitividade, característicos da governamentalidade neoliberal, circunstância hegemônica no período atual. O objetivo do trabalho é analisar a aproximação entre a semântica da flexibilidade e a captura da subjetividade de trabalhadores e trabalhadoras que, cada vez mais precarizados, experimentam os sentidos da concorrência entre as empresas deslocada à própria condição humana, processo de subjetivação que Dardot e Laval (2016) denominam “sujeito empresarial”.