SUMMARY
O artigo objetivou analisar as configurações do Trap no Brasil sob o viés da construção da memória e da ficção nas produções desse gênero musical. Diante disso, a pesquisa emerge da seguinte problemática: de que forma o Trap apresenta reconfigurações da arte periférica, a partir da construção memorialística e ficcional? Para tal, de início discute o que é ser da periferia e arte periférica, tomando como ponto de partida o gênero musical em análise. Logo após, aborda a memória nas produções de Trap enquanto fator de identidade, de tomada de espaços e de continuidade da vida. Por fim, analisa-se o ato ficcional presente em diferentes produções artísticas de Trap. Logo, constituiu-se em um estudo bibliográfico, de cunho qualitativo e exploratório quanto aos objetivos. A partir da investigação, compreendeu-se a formação do Trap no Brasil e sua apresentação de uma nova enunciação do povo preto, não mais em posição marginalizada e de opressão, mas ostentando os espaços e objetos que anteriormente lhes foram negados.