SUMMARY
Neste trabalho é feita uma análise de corpos expostos pendurados presentes substancialmente em alegorias do inferno, a partir de fontes imagéticas de pintores dos séculos XII ao XV. Essa forma de retratar os corpos esteve em diversas práticas, sendo a arte uma delas. Ao assumir uma forma bastante grotesca e corpórea, na qual a punição é aplicada de forma explícita por meio da suspensão, estabelecem-se narrativas que marcam discursivamente tanto quanto elaboram novas dinâmicas. A instrumentalização do estudo ocorre através de conceitos como discurso e dispositivo, propostos por Michel Foucault, em que o corpo encontra-se inserido em uma história das ambições de governá-lo e organizá-lo.