SUMMARY
Este trabalho visa explorar as possibilidades de abordagem da representação da violência no documentário contemporâneo produzido na Colômbia, propondo uma discussão sobre a política da imagem, a partir do pensamento de Jacques Rancière (2021), no centro de uma política representativa, para pensar a multiplicidade de usos das imagens na representação da violência e os regimes poéticos, estéticos e políticos dessa representação. Para isso, apresenta-se uma análise dos documentários audiovisuais Los abrazos del rio (2010), Un asunto de tierras (2015), Pizarro (2015) y Nos están matando (2018), como uma leitura do modo como através de vários recursos narrativos, políticos e estéticos do audiovisual, é feita uma representação de algumas das consequências do conflito armado na Colômbia. Assim, este artigo considera a política representativa em relação à política da imagem, em um esforço para pensar a materialidade sensível das imagens da violência nos documentários colombianos, desviando-se, porém, da problemática reducionista da representação.