SUMMARY
Pretende-se, com este artigo, auscultar algumas facetas da produção em poesia de Nelson Saúte, importante poeta moçambicano, em uma vertente de análise pós-colonial, que fundamenta e representa a formação dos sujeitos moçambicanos. Tomando os poemas de A pátria dividida (1993), observa-se uma dicção metapoética em função da construção de uma memória paradoxalmente individual e coletiva, a partir da qual reverbera um pathos melancólico, essencialmente elegíaco, em decorrência de um chão marcado pelos traumas de uma guerra.