SUMMARY
As indicações geográficas (IGs) são uma forma de proteção de produtos locais. No Brasil, em relação as IGs, existem duas formas de registro: a Indicação de Procedência e a Denominação de Origem. O presente trabalho tem por objetivo: Compreender quais os impulsionadores que influenciam a competitividade em indicações geográficas cujo o produto é o café, sendo este analisado enquanto matéria prima. Foram abordadas duas regiões que possuem estes registros em Minas Gerais, sendo duas cujo produto principal é o café (Região da Serra da Mantiqueira e Região das Matas de Minas). A escolha destas regiões se justifica principalmente pela importância que o produto possuem na economia do estado. Para se atingir os objetivos, realizou-se a identificação dos impulsionadores de competitividade em IGs através da literatura sobre o tema. Posteriormente, realizou-se um estudo de caso, no qual ocorreram entrevistas semiestruturadas, sendo os entrevistados os representantes das associações gestoras das indicações geográficas e com instituições que atuam diretamente com as IGs. Estas entrevistas foram analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo e as categorias de análise utilizadas foram definidas a priori através da revisão de literatura específica sobre o tema. Em suma, os resultados apontam que o principal impulsionador que interfere na competitividade das indicações geográficas é a gestão, que conforme demonstrado necessita ser profissionalizada. Este trabalho contribuiu para evidenciar os impulsionadores de competitividade das indicações geográficas. Também colabora de forma empírica ao identificar que o principal impulsionador a ser trabalhado pelas IGs é a gestão.