SUMMARY
O presente trabalho propõe uma leitura do poema Anhangabaú, que compõe a obra Pauliceia desvairada (1922), de Mário de Andrade. Esta leitura é feita a partir da imagem do palimpsesto, usada pelo autor na última estrofe do poema. Para isso, primeiramente é retomado um poema anterior de título homônimo, composto pelo autor para participação em um concurso literário promovido pela revista A cigarra. Posteriormente, contextualiza-se a obra Pauliceia desvairada e é feita a análise de seu poema Anhangabaú. Desdobra-se, por fim, uma investigação sobre o conceito de palimpsesto no poema, inserida em um percurso cujo aporte teórico conta com estudos de autores como Ricardo Souza de Carvalho, Alfredo Bosi, Antonio Candido, Gérard Genette e Julia Kristeva, bem como outros textos do próprio Mário de Andrade.