SUMMARY
A inserção de agentes no mercado de trabalho em música no Brasil é influenciada por fatores sociais e econômicos diversos, ainda que seja possível observar alguns padrões a atravessá-la. Analisando-se os dados da PNAD Contínua Anual (2019), importantes elementos acerca da referida inserção e o papel do tipo de vínculo, gênero, raça e escolaridade sobre sua configuração são evidenciados. Ademais, informações relevantes sobre diferenciais de expediente, disseminação do trabalho complementar (extra), renda mensal média, taxas de informalidade e subocupação também emergem na análise proposta. Conclui-se que o trabalho de musicistas no país em 2019 caracterizava-se por uma taxa de informalidade global significativamente mais elevada que a média do mercado de trabalho, por tímida participação feminina, por baixo impacto do diploma de ensino superior para a formalização dos vínculos de trabalho na área e por maior representação de pretos, pardos e indígenas que brancos e amarelos entre os trabalhadores informais do setor. Além disso, verificou-se que músicos carecem ainda de um número satisfatório de horas trabalhadas, segundo seu próprio critério.