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Patrimônios naturais em espaços subalternos na Amazônia

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Trata-se de uma análise critica acerca da construção histórica do processo de definição da noção de patrimônio natural no cenário do mundo ocidental, especialmente, nos contextos da Unesco e do Iphan e a necessidade de relativização dos princípios de monumentalidade, excepcionalidade e de estética que fundamentam tal conceito, principalmente pela fato destas instituições não enfatizarem a existência de outros patrimônios como os amazônicos que têm sido menosprezados pelas suas lógicas. Neste sentido apresentamos, num primeiro momento, uma discussão sobre as disparidades socioespaciais decorrentes do reconhecimento desigual do patrimônio a partir de práticas apresentadas pelo Iphan e Unesco. Posteriormente, evidenciamos a perspectiva do patrimônio natural subalterno referenciado a partir de Smith com a problematização do Discurso do Patrimônio Autorizado, de Lefebvre com a reprodução do espaço pela ideologização do urbano, Choay com o debate sobre o patrimônio e a indústria cultural e Costa com a noção de utopia patrimonial territorial. A pesquisa tem um caráter qualitativo, bibliográfico e documental e os resultados demonstraram que a ideia dominante de patrimônio natural deve ser relativizada na ativação patrimonial amazônica, sendo necessário considerar a metáfora patrimônios subalternos,a medida que, esta surge a partir de práticas socioespaciais de populações locais empobrecidas em contextos extrativistas, rurais e urbanos e expressam relações de poder, cotidianidades e controle e uso de frações territoriais específicas construídas endogenamente.

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