SUMMARY
Farmacêuticas, maioria na classe profissional, atuam em diferentes cenários, sendo expostas a diversas formas de violência. Como mulheres, podem também sofrer violência doméstica. Entretanto, estudos que avaliem violências sofridas por farmacêuticas inexistem. Este estudo objetiva descrever o perfil de incidentes de violência envolvendo mulheres farmacêuticas no ambiente laboral e domiciliar. Trata-se de estudo descritivo baseado em uma survey aplicada a farmacêuticos(as) inscritos(as) no Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, sobre experiências de violência de gênero em ambiente domiciliar e laboral. Realizou-se análise descritiva e comparação da proporção de incidentes de violência (teste qui-quadrado de Pearson). Ao total, 455 farmacêuticos responderam ao questionário, com maioria feminina (83,7%). A violência envolvendo uma colega farmacêutica no ambiente laboral foi relatada por 20,4% dos respondentes. Entre as mulheres farmacêuticas, 23,1% relatou sofrer violência e 22,6% assédio sexual no ambiente laboral. Cerca de 13% das farmacêuticas relatou ter sofrido violência doméstica. A violência de gênero contra farmacêuticas em seus ambientes laboral e doméstico são frequentes, demandando ações de combate e prevenção.Palavras-chave: Farmacêuticos. Mulheres trabalhadoras. Violência no trabalho. Violência contra a mulher. Violência de gênero.