SUMMARY
Este artigo discute aspectos do poema sinfônico Parisina op. 15 de Leopoldo Miguéz. O programa da obra é baseado no poema homônimo de Lord Byron, que narra a tragédia do personagem que dá nome à obra. Ao adaptar o poema de Byron para seu programa, o compositor articula a música em três cenas, sendo a terceira uma forma sonata que provê ao compositor a retórica necessária para a mais enfática expressão do drama. Importante neste aspecto é a prática de “deformação” da forma sonata elaborada por Hepokoski e Darcy (2006), que provê possibilidades de modificação da forma mantendo a retórica tradicional. A discussão analítica apresentada no decorrer do texto almeja esclarecer como Miguéz articula sua obra para tal.