SUMMARY
O Brasil apresenta várias peculiaridades quanto à distribuição de dividendos. Paralelamente a isso, a formação das empresas de capital aberto, apresentam uma estrutura de propriedade e controle concentrada, familiar e piramidal. O objetivo desse trabalho foi, mediante este contexto, examinar a relação entre os pagamentos dos proventos e a concentração de propriedade e controle. Além disso, verificar se a identidade e o país de origem dos principais acionista podem influir nessa relação. A amostra compreende todas as empresas com ativos negociados na B3 no período de 2010 a 2017. As hipóteses foram testadas a partir de regressões múltiplas com dados em painel. Os resultados apontam uma relação positiva entre a distribuição de dividendos e a concentração de ações votantes do maior acionista e relação negativa com a concentração dos cinco maiores e a concentração média setorial. Ademais, foi achada uma relação positiva entre os dividendos com o segundo maior acionista quando este é um investidor institucional.