SUMMARY
A cidade de Belo Horizonte foi inaugurada em 1897 como a nova capital do Estado de Minas Gerais. Planejada sob os princípios da modernidade que assolavam o país no final do século XIX e início do século XX, a cidade contou com um diferente aparato urbano ao se comparar com a antiga capital. Não obstante as novidades urbanísticas, os preceitos tradicionais mantiveram fortes, principalmente no âmbito da religiosidade local. A Igreja Católica continuou a afirmar seu poder por várias maneiras, dentre as quais a proibição da manifestação do Reinado na cidade. Diante do exposto, o presente artigo tem como objetivo primeiro apresentar a proibição do Reiando na cidade de Belo Horizonte pela Igreja Católica no início do século XX. Por meio deste acontecimento, problematiza-se a relação entre a Igreja e o poder civil local bem como a questão do lugar dos negros congadeiros na recém-criada capital.