SUMMARY
No curso dos 520 anos de capitalismo no Brasil, foi instalado, consolidado e expandido um ambiente favorável, antes de tudo, à concretização das relações capitalistas de produção-circulação-distribuição-consumo no Brasil. Este artigo possui como objetivo principal discutir o permanente processo de construção deste ambiente em Recife, capital do estado federado de Pernambuco, como uma tendência homogeneizadora ligada aos interesses das classes dominantes. A metodologia utilizada para a operacionalização desta discussão fundamentou-se na abordagem do materialismo histórico-dialético a fim de evidenciar as contradições suscitadoras de tensões e conflitos inerentes a uma realidade dinâmica que se movimenta permanentemente em algum sentido, nas escalas do tempo e do espaço. Destarte, foi mostrado que a implantação do referido ambiente não aconteceu de maneira harmônica e pacífica como dizem as classes dominantes brasileiras na medida em que aconteceram protestos e mobilizações sociais que, reagindo contra o ambiente puramente capitalista, conseguiram obter conquistas interessantes para as classes subalternas e oprimidas.