SUMMARY
Este artigo apresenta fragmentos de uma pesquisa realizada nos cotidianos de dois centros municipais de educação infantil, localizados na capital do Espírito Santo, que buscou compor encontros com professoras e crianças para pensar a força das imagens cinematográficas em redes de conversações na mobilização da temática gêneros, sexualidades e currículos. Problematiza como professores/as, em conexão com as fabulações das crianças, inventam processos de resistências às tentativas de padronização de currículos e de uniformização dos corpos, das culturas e da vida. Como metodologia, a pesquisa utiliza uma cartografia dos fluxos e forças que se engendram tendo as imagens cinematográficas como elemento disparador das redes de conversações que possibilitam a criação de linhas de vida para os currículos e as escolas. Argumenta que os encontros com as imagens cinematográficas seguidos de redes de conversações possibilitam a expansão de forças intensivas que acionam múltiplas sensações e provocam rupturas nos clichês e nas imagens dogmáticas do pensamento. Dessa forma, potencializam a coletividade na invenção de novos modos de subjetivação e de resistências inventivas às redes de poderes, que tentam silenciar e impedir as conquistas travadas pelos estudos e pesquisas no campo de gêneros, sexualidades e currículos que atravessam os cotidianos escolares.