SUMMARY
O artigo aborda o conflito envolvendo o Regime Militar e o padre José Comblin que desembocou na expulsão deste último do país. Neste intuito, busca compreender a tensão existente entre um cristianismo de direita, presente na concepção religiosa do Ministro da Justiça Alfredo Buzaid, e que cumpria a função de legitimar a ditadura implantada pelos militares em 1964, e um cristianismo de esquerda, representado na figura do padre e teólogo José Comblin, vigiado, perseguido e por fim expulso do Brasil em março de 1972. Assim, descreve estes acontecimentos e analisa o discurso religioso dos agentes, se valendo de fontes documentais do Arquivo Nacional (Fundo SISNI) e do Arquivo Público do Estado de São Paulo (Fundo DEOPS), além de livretos escritos pelo Ministro da Justiça Alfredo Buzaid em 1970.