SUMMARY
O objetivo primário do artigo é o de caracterizar que a escrita confessional agostiniana funciona como técnica de si, no sentido assinalado por Foucault em seus textos genealógicos. Contudo, se a escrita de si antiga de matriz greco-romana se propõe a promover a auconstituição do sujeito, a desescrita cristã de si está assentada na auto-recusa ou abandono de si. Com intuito de esclarecer a especificidade da desescrita de si, o artigo contrasta Santo Agostinho com Nietzsche, assinalando, dessa forma, técnicas diametralmente opostas de relação do sujeito consigo por meio da escrita.