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Vai um bom conselho?Heidegger, Byung-Chul Han e Chico Buarque diante das possibilidades positivas de ser-com o outro na sociedade contemporânea do desempenho.

SUMMARY

Com base nas possibilidades positivas de ser-com o outro, parágrafos 26 e 27 de Ser e tempo, de Martin Heidegger, o artigo propõe uma reflexão sobre o papel de atividades de aconselhamento no contemporâneo - aqui tratadas como práticas de ‘consultoria’. Partindo do princípio de que tais atividades apresentam-se como representantes do modelo impessoal (sentido heideggeriano), levanta-se o risco de desoneração daquele que é atendido, já que objetivos podem ser considerados como previamente dados pela impropriedade mundana. Propõe-se a questão: seria possível uma abertura à reinvindicação, na qual os profissionais de áreas consultivas relativizassem os próprios mandatos mercadológicos, emancipando o outro a cuidar de si a partir de um autêntico projeto de sentido? Parte-se da ditadura psicopolítica da ‘sociedade do desempenho’, diagnosticada por Byung-Chul Han, e tem-se como contorno poético o aconselhamento de Chico Buarque em suas canções, Bom conselho e Vence na vida quem diz sim.

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