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O cogito moderno: Dois modos de concepção do eu penso

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O estabelecimento da subjetividade nos moldes cartesianos, através da formulação do eupenso, tem sido tema de constantes debates desde sua primeira formulação e foi, por diversas vezes,(re)interpretado. Nesse contexto, o interesse frequente pela subjetividade traz como resultado, porém,usos da proposição eu penso com sentido distinto daquele usado por Descartes. Um exemplo dessedeslocamento de sentido foi proposto por Kant na Critica da razão pura (CRP), quando sustentaque “o eu penso deve poder acompanhar todas as minhas representações”. Em ontrapartida, nasMeditações, Descartes afirma: “Eu sou, eu existo: isto é certo, mas por quanto tempo? Durante todoo tempo em que eu penso”. Dadas essas duas formulações básicas do eu penso, este trabalho tentaráapresentar algumas notas, sobre essas proposições. Para tanto, pretende-se contrastar a formulaçãokantiana do parágrafo 16 da dedução transcendental da CRP e a cartesiana presente na segundameditação das Meditações Metafísicas, buscando retomar o cenário em que ambas as formulaçõesaparecem para compreender as similitudes e discordâncias que as permeiam.

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