SUMMARY
Este artigo investiga alguns reflexos dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) nos itens com temáticas ou abordagens relacionadas à filosofia aplicados nas provas de Ciências Humanas do Enem entre 1999 e 2018. A partir da análise de alguns elementos compartilhados pelos PCNs, Enem e BNCC, defendo a tese de que uma cobertura equilibrada das competências e habilidades que os PCNs propõem para a filosofia, com ênfase na diversidade de fontes e tarefas, é essencial para assegurar a presença da área no exame nesse novo cenário. Este artigo consiste em três partes. A primeira é dedicada a um panorama do surgimento dos PCNs a partir das DCNs, algumas características principais e o espaço que a filosofia encontra neles. A segunda parte examina a intersecção entre as competências propostas para a filosofia nos PCNs e como elas são materializadas nas provas de Ciências Humanas do Enem, manifestando-se em diferentes maneiras ao longo dos anos. A terceira parte examina como algumas das questões levantadas no corpo do texto iluminam alguns desafios e possibilidades para a filosofia no Enem no horizonte pós-BNCC.