SUMMARY
Este artigo explora o emprego, por Luciano, de material paradoxográfico em suas introduções retóricas, prolaliai, como uma retórica oblíqua de autorreferência. Especialmente, mostra que o material paradoxográfico, gradualmente estabelecendo sofisticados paradigmas para a recepção do novo e da alteridade, é parte de uma estratégia requintada, um sistema referencial complexo, através do qual Luciano define sua poética e reflete o clima cultural multifacetado de sua época, em que tenta estabelecer a si mesmo como,paradoxalmente, uma identidade tanto heterodoxa quanto ortodoxa.