SUMMARY
O objetivo deste artigo é analisar o diferencial de salários do trabalho entre homens e mulheres no Rio Grande do Sul. Para tanto, a partir da base de dados do Censo 2010 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, é estimada uma equação do tipo minceriana com correção para autoseleção, com o intuito de avaliar os fatores que são determinantes dos salários dos indivíduos. Os resultados mostram que a educação tem papel fundamental na determinação dos salários. Além disso, a desagregação da variável escolaridade permite verificar os retornos nos salários gerados por cada nível de qualificação educacional. Após, realiza-se a decomposição do diferencial de salários por gênero a partir do procedimento de Oaxaca-Blinder. A decomposição deste diferencial constata que existe discriminação estatística de cerca de 15% nos salários contra as mulheres no estado, tanto intersetorialmente quanto intrasetorialmente. Além disso, a discriminação intrasetorial apresentou maior peso no diferencial de rendimentos que a discriminação intersetorial.