SUMMARY
A interação de ações sustentáveis que integram programas sociais, ambientais e econômicos e procuram quantificar e qualificar o grau de degradação tem importância vital em áreas de risco à desertificação. Este trabalho mostra a aplicação de parâmetros biofísicos e Potencial Natural de Erosão (PNE) na avaliação de processos de degradação e identificação de áreas em risco de desertificação. É uma aproximação empírica e pode ser usada em outras áreas com características biofísicas similares. O desenvolvimento do modelo foi baseado nos seguintes parâmetros: albedo, emissividade, temperatura da superfície, índice de vegetação da diferença normalizada (NDVI), fluxo de calor no solo e potencial natural de erosão (erodibilidade do solo, erosividade da chuva e fator topográfico). Sua implementação foi feita por meio da Linguagem Espacial para Geoprocessamento Algébrico (LEGAL), disponível no SPRING – Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas. Imagens multitemporais do sensor TM da época seca do satélite Landsat foram usadas para aplicar o modelo e mapear a evolução da degradação na área de estudo (Bacia hidrográfica do Rio Brígida). Os resultados mostraram um aumento no grau de degradação (remoção da cobertura vegetal nativa, seguida de erosão), revelando o potencial do modelo em acessar riscos à desertificação.