SUMMARY
A ciência avança continuamente e tem como ponto de partida as adversidades que emergem continuamente. A partir destas, são elaboradas pelos cientistas teorias que visam transpor tais obstáculos. Os cientistas, para construir novas teorias e novos conhecimentos, utilizam-se de elementos que lhe são inerentes, e, diante disso, o presente artigo aborda a crença e a imaginação, levantando a hipótese de que estas podem ser entendidas como partícipes da elaboração de tal processo. Nesse contexto, questiona-se: é viável para a ciência, diante da incessante demanda de elaboração de novas teorias científicas, bem como de revisão de teorias já descobertas, utilizar-se concomitantemente da crença e da imaginação, havendo lugar para ambas? Buscando responder à referida indagação, analisa-se a importância do critério da refutação, identificam-se os tipos de crença e explana-se sobre as modalidades da imaginação, com enfoque na imaginação científica e como esta se coaduna com a ciência. Por fim, entende-se que há, na ciência, um lugar onde a crença e a imaginação devem fazer morada, sendo não só plenamente possível tal combinação como também necessária ao desvendar dos imbróglios que se apresentam à ciência, pois ambas constituem pilares em que se apoiam os cientistas.