SUMMARY
Este artigo tem como objetivo apresentar algumas considerações críticas da ofensiva do capital sobre o operariado, que na indústria ou no campo produzem riqueza. A hipótese é a de que para obter controle objetivo e subjetivo sobre a classe trabalhadora operária e, conseqüentemente, desestruturar as bases que fortalecem sua identidade minando sua auto-organização, os representantes do capital elaboram estratégias eficazes como a que Frederick Taylor implementou na chamada “Administração Científica”. O que possibilita a continuidade desta ofensiva ao trabalho é a nova dinâmica mundial de reprodução e acumulação do capital, pautada em tecnologias notadamente flexíveis, que neste estágio, coincide com um adequado modelo de gestão empresarial igualmente flexível: o toyotismo. Esta forma específica de gestão, que se apresenta como um aprimoramento do taylorismo-fordismo, revela que a organização para o trabalho e as relações engendradas neste ambiente ainda são entraves para a obtenção de lucros extraordinários. Por isto, neste estágio, a ofensiva contra a classe trabalhadora é ainda mais intensa e cruel.