SUMMARY
O artigo desenvolve o argumento de que a distribuição espacial das mulheres em idade economicamente ativa e dos adultos analfabetos podem ser elementos subjacentes aos indicadores da dimensão Educação do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) nos municípios do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Para tanto, busca-se apoiado nos conceitos de Agência e Agência das Mulheres (Amartya Sen) e de Capital Cultural (Pierre Bourdieu) e emprega-se metodologia quantitativa. Os resultados corroboram as assertivas teóricas aqui consideradas, evidenciando que a maior presença de mulheres na faixa etária em questão vem acompanhada de melhor desempenho no IDH-M Educação e, de modo contrário, a maior presença de adultos analfabetos representa piores resultados neste quesito. Desta forma o estudo traz à tona a necessidade de se dar maior atenção às temáticas de gênero e alfabetização de adultos quando se discute desenvolvimento local e/ou regional.