Home  /  GeoTextos  /  Vol: .11 Núm: N1 Par: 0 (2015)  /  Article
ARTICLE
TITLE

Belo Horizonte para quem? Versões territoriais negras para um espaço planejadamente branco

SUMMARY

No presente artigo busco discutir outras possibilidades para pensarmos a cidade, de maneira a problematizar os discursos e práticas que negam as contradições e os conflitos presentes em tal espaço, como aqueles relacionados à raça/etnia. Aponto que muitos dos mecanismos e práticas envolvidos no processo de produção do espaço urbano impregnam-se de perspectivas marcadamente eugenista e higienista. Com este olhar e por meio de um discurso de uma suposta democracia racial presente na cidade são estabelecidas estratégias que reforçam a exclusão de negros/ as das dinâmicas socioespaciais urbanas. Não se considera, portanto, os territórios em que este grupo étnico-racial formula outras cartografias urbanas na tentativa de se buscar a revalorização de suas manifestações culturais e identitárias. Porém, as coletividades negras estão forjando contradiscursos que possam ressignificar seus lugares e papéis na sociedade. As discussões aqui apresentadas têm como foco Belo Horizonte/Minas Gerais e se estabelecem a partir da comunidade quilombola Manzo Ngunzo Kaiango, localizada na referida cidade.AbstractBELO HORIZONTE FOR WHOM? BLACK VERSIONS TERRITORIAL FOR A WHITE SPACE PLANNED CAREFULLYIn this article I discuss other possibilities for thinking the city in order to problematize the discourses and practices that deny these contradictions and conflicts in such space, such as those related to race/ethnicity. I point out that many of the practices and mechanisms involved in the production of urban space permeate is markedly prospects hygienist and eugenicist. With this and look through a discourse of a supposed racial democracy in this city are established strategies that reinforce the exclusion of blacks the socio-spatial dynamics of urban. There is therefore considers the territories in which this ethnic-racial group makes other urban cartography in an attempt to seek revaluation of their cultural and identity. However, the black communities are forging counter-discourses that might reframe their places and roles in society. The discussions presented here focuses Belo Horizonte/Minas Gerais and settle from the community quilombola Manzo Ngunzo Kaiango located in that city.

 Articles related

Ana Maria Martins Queiroz    

No presente artigo busco discutir outras possibilidades para pensarmos a cidade, de maneira a problematizar os discursos e práticas que negam as contradições e os conflitos presentes em tal espaço, como aqueles relacionados à raça/etnia. Aponto que muito... see more

Revista: GeoTextos

Pedro Almeida de Souza,Eliane Maria Vieira Maria Vieira    

O objetivo deste trabalho é determinar o potencial erosivo da ocupação Vitória -localizada na zona norte da cidade de Belo Horizonte/MG- por meio da Equação Universal de Perdas de Solo (EUPS). A região em questão vem sofrendo com o assoreamento acelerado... see more


Maurício Mendes Von Ahn,Adriano Severo Figueiró    

Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de elaborar uma metodologia de classificação e valoração dos Locais de Interesse Paisagístico - LIP's dos municípios de Itapema, Porto Belo e Bombinhas (litoral centro-norte do estado de Santa Catarina), a fi... see more

Revista: Geo UERJ

Rafael Lara Mazoni Andrade, Bruno Lopes de Faria    

O objetivo deste trabalho é apresentar uma análise espaciotemporal dos impactos da pandemia de COVID-19 sobre a ocorrência de homicídios em Belo Horizonte, Minas Gerais. Os dados referentes às ocorrências foram obtidos de sua fonte oficial, tratados e an... see more


Carlo Lobo    

Vinculada ao processo ao processo de urbanização, bem como da expansão do tecido urbano da metrópole, a difusão de fortes correntes de migração para os municípios das periferias metropolitana, composta, em boa medida, por grupos de população “expulsa” da... see more