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Individualismo Moral e a Sociologia Clássica

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A sociologia clássica, não obstante tenha, como uma de suas características principais, a pluralidade de abordagens e de paradigmas, partilha, entre seus autores, de uma normatividade comum, isto é, de um mesmo ideal de sociedade justa. Argumentaremos, ao longo do texto, que a partir de um individualismo moral, tanto Marx, quanto Weber, Durkheim, Simmel e Tocqueville, fornecem, por diferentes vias, teorias cujo objetivo se dirige a formulação de diretrizes práticas para o pleno desenvolvimento das capacidades e liberdades individuais. O indivíduo universal, e não o grupo, é a meta. Portanto, a sociologia clássica faz o diagnóstico das fontes de exploração e dominação que impedem o livre desenvolvimento da liberdade humana. Nosso intuito, nesse texto, além da identificação e definição das bases normativas do pensamento dos clássicos, será o de reconstruir os traços das circunstâncias apontadas por eles como impeditivas à concretização do projeto do individualismo moral. Ao mesmo tempo, buscaremos ressaltar a perene relevância do enfoque sociológico do individualismo moral nas análises contemporâneas sobre o desenvolvimento humano, como o do economista Amartya Sen, centradas no enfoque dos pré-requisitos sociais indispensáveis ao desempenho individual.

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