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“Los grandes valores que hicieron grande al país están en los pueblos”: ruralidades y moralidades según dos ONG metropolitanas al rescate de pueblos ¿rurales? argentinos.

SUMMARY

As pequenas aglomerações argentinas têm virado, nas últimas décadas, objeto de interesse público. No começo dos anos 90, por causa do declínio demográfico, elas foram identificadas como vilarejos fantasma; na atualidade, porém, elas têm começado a receber uma denominação bem menos “gótica”: a de vilarejos rurais, virando foco de projetos envolvidos, principalmente, com o turismo rural. Em todo caso, o locus periférico e afastado dessas localidades  ?pelo menos do ponto de vista metropolitano– têm permitido que, a elas, sejam atribuídos diferentes significados (geralmente divergentes do cotidiano local real). No presente trabalho indago, de um ponto de vista etnográfico, o trabalho de duas ONGs localizadas na cidade de Buenos Aires que visam revitalizar a vida econômica e comunitária desses pequenos vilarejos rurais, com a expectativa de gerar neles um processo de repovoamento. Em relação a isso, apresento duas hipóteses: em primeiro lugar, que, em suas ações, as ONGs contribuam para construir uma imagem dos vilarejos de acordo com seus próprios ideais morais preexistentes; e, em segundo lugar, que os processos de revitalização identitária rural ?interpretados em muitos casos como resistências à globalização” ? são, em última instância, eles mesmos, também “globais”.ResumenLas aglomeraciones argentinas “despobladas” se han constituido, en las últimas décadas, en tema de interés público; identificadas en un primer momento como pueblos fantasma (por el descenso demográfico que experimentaron a lo largo del siglo XX), en la actualidad han pasado a recibir una designación menos gótica: la de pueblos rurales, convirtiéndose en foco de proyectos vinculados, sobre todo, con el turismo rural. En todo caso, su lugar “periférico” y lejano –al menos desde el punto de vista metropolitano–  ha permitido que, sobre ellas, se ciernan distintos significados, generalmente alejados de la efectiva vida cotidiana local. En este trabajo, indago en las valoraciones que sobre dichos pueblos tienen dos ONG que se dedican a revitalizar su vida económica y comunitaria siguiendo el ideal del repoblamiento. En relación con esto, planteo dos ideas: en primer lugar, que, en su accionar, estas ONG contribuyen a generar una imagen de los pueblos acorde con sus ideales morales pre-existentes acerca de ellos; en segundo lugar, que los procesos de revitalización identitaria rural -en muchos casos leídos como “resistencias a la globalización”- son, en última instancia, ellos también, “globales”.AbstractIn the last few decades Argentinian small urban agglomerations with a demographic decrease background have grown into a matter of public interest. Identified in the early 90s merely as ghost towns, they have recently become something else: rural towns. This involves a whole new meaning and value and has made them attractive to different development projects related to rural tourism. These small towns’ marginal position -marginal from an urban Buenos Aires point of view- has turned them into "loci" of different moral features and values that, sometimes, are not really related to their actual social life. In relation to these facts, this paper focuses, from an ethnographic perspective, on two NGOs that aim to promote rural towns revitalization and, ideally, to generate a demographic growth in them. I will suggest here that these kinds of projects tend to build an image of rural towns that reproduce pre-existing moral ideas and positive prejudices about them. I will also suggest that rural identity revitalization processes, usually seen as a way of resisting globalization, are, themselves, also global.  

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