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Resenha de Os 120 dias de Sodoma ou a Escola da Libertinagem

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Em 2018, a obra Les 120 journées de Sodome, ou l’École du libertinage, de autoria do marquês de Sade, recebeu sua mais recente tradução ao português brasileiro. A edição em questão – apenas a quarta tradução d’Os 120 dias de Sodoma publicada no Brasil – é fruto de muitas pesquisas e leituras, e isso é claramente demonstrado ao longo dos peritextos e, também, das notas (de rodapé) presentes no livro, realizadas por Rosa Freire d’Aguiar, a tradutora, e Eliane Robert Moraes, a posfaciadora. A presente publicação dá à luz, finalmente, a um Sade muito mais complexo e, até então, desconhecido pela maioria de leitores, trazendo informações mais completas sobre sua vida e sua obra, assim como sobre seu sistema, servindo quase como um guia de leitura (mas não, necessariamente, facilitada) do texto para que qualquer leitor, e sobretudo aquele que não conhece a Obra de Sade em toda a sua profundidade, consiga ir além do pornográfico. Após um hiato de doze anos, data da última tradução de Sade no Brasil, é interessante ver esse resgate da obra sadiana em uma nova tradução, voltada para o grande público e que tem o intuito de ensinar ao leitor quem foi Sade e do que trata a sua obra, e não somente vendê-lo como simples romance pornográfico.

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Revista: Scripta