SUMMARY
O tema violência urbana, vem nos últimos anos ganhando importância não só na vida cotidiana da sociedade, como também no meio acadêmico. Os altos índices de violência, seja por roubo/assalto ou mesmo pela sua manifestação extrema, o homicídio, demonstram que esse tema não é apenas um assunto passageiro, mas necessário no debate da complexa realidade da vida urbana da metrópole. Esses altos índices levam a cidade de Belém a ser consideradas umas das mais perigosas do Brasil, consolidando o sentimento de medo e insegurança, o qual paira por toda a cidade, impulsionando transformações notórias no espaço urbano. Câmeras de vigilância, cercas eletrificadas, muros, grades, etc. Aqueles com condições econômicas suficientes têm a oportunidade de transformar suas casas em verdadeiros bunkers (SOUZA, 2008) ou mesmo habitar os condomínios fechados ou exclusivos (fenômeno ainda recente em Belém), aos sem essa oportunidade financeira resta viver a realidade violenta. Portanto o presente trabalho visa analisar como as desigualdades e transformações no espaço urbano e no território produzem condições/diferenciações de espacialização dos homicídios nos Bairros da Batista Campos e Jurunas (4 a AISP) entre 2011-2013. Tal fato nos leva a acreditar que o estudo das relações socioespaciais e socioterritoriais podem nos levar a bons resultados na análise de realidades tão distintas como a desses bairros. O transcurso metodológico dessa pesquisa pautou-se no levantamento bibliografia a cerca dos conceitos de espaço, espaço urbano, território, poder, violência e a realidade violenta nas grandes cidades brasileiras, além da cartografia dos homicídios entre 2011 e 2013 dos bairros aqui estudados bem como a observação de seu movimento no mapa, além do reconhecimento de campo. Assim a busca desse trabalho que é a partir da análise e reflexão, é possível começarmos a entender esse fenômeno em sua complexidade.