SUMMARY
O presente artigo consiste num estudo sobre a Filosofia do Dinheiro, de Georg Simmel, a partir da análise das teorias da modernidade e do individualismo elaborada pelo intelectual alemão, demonstrando como a concepção simmeliana do moderno encerra reflexões críticas sobre as condições de existência dos indivíduos nessa época. Nesse sentido, este artigo se subdivide em cinco itens: no primeiro, analiso alguns pressupostos metodológicos de Georg Simmel que impactam na sua concepção de sociologia e na sua definição das relações entre o dinheiro e o processo de diferenciação, crucial para compreender a sua teoria do individualismo; no segundo, analiso as relações entre economia monetária e liberdade individual no âmbito do moderno; no terceiro, analiso a relação entre economia monetária e estilo de vida; no penúltimo item, prossigo as reflexões acerca da concepção simmeliana de estilo de vida, tendo em vista apreender as relações entre seus pressupostos epistemológicos e a sua teoria do individualismo, que contém elementos de crítica à modernidade; o último item contém as considerações finais do artigo, que demonstram como a teoria simmeliana da modernidade encerra uma teoria do individualismo, que enseja a sua crítica da modernidade enquanto a época da tragédia da cultura, na qual subsiste um abismo entre a cultura dos sujeitos e a cultura dos objetos.