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Percepção de Factores de Risco e de Protecção ao Desenvolvimento Infantil: O Papel do Educador

SUMMARY

O presente estudo incide sobre a questão da resiliência psicológica em contexto escolar e, mais especificamente, sobre as percepções que os educadores têm acerca dos factores de risco e, sobretudo, dos factores de protecção ao desenvolvimento infantil conducentes à resiliência educacional. O objectivo foi analisar a percepção que os educadores têm dos diferentes factores, bem como verificar se existe correspondência entre as suas percepções e a sua prática educativa, avaliada através de questionário. Como tal, avaliaram-se também os diferentes tipos de práticas implementadas e valorizadas pelos educadores de infância, tendo-se procurado analisar possíveis diferenças em função de variáveis como idade do educador, vínculo laboral, local de ensino (público, privado, IPSS) e zona de trabalho (rural ou urbana). No estudo empírico utilizaram-se dois instrumentos concebidos para o efeito, além de uma ficha de dados sócio-demográficos: o “Questionário de Caracterização de Práticas Educativas” (QCPE) e o “Questionário de Percepção de Factores de Risco e de Protecção ao Desenvolvimento Infantil” (QPFRPDI). Os participantes foram 139 educadores de infância, de diversas instituições da zona centro do país. Os resultados obtidos sugerem que os educadores percepcionam, de uma forma geral, os factores de risco e de protecção ao desenvolvimento infantil, não tendo sobressaído diferenças significativas em função das variáveis em estudo. No que respeita às dimensões da prática educativa, verificou-se que existem práticas mais utilizadas, como o “Planeamento de Actividades” e outras menos utilizadas como aquelas relacionadas com a “Participação dos Pais”. São evidentes diferenças significativas na adopção de algumas práticas educativas, em função do tipo de vínculo de trabalho, da idade dos educadores e do local de trabalho. Procurámos ainda verificar se existia uma associação entre as práticas que os educadores referem utilizar e os factores protectores por eles valorizados. Podemos dizer que não se encontraram associações entre estas duas variáveis, com excepção das práticas relativas à “Participação dos Pais” que se mostram relacionadas com o factor “Características da Comunidade”. Assim, apesar de ser expectável a adopção, por parte dos educadores, de práticas que os mesmos consideram como factores de protecção, parece ser evidente, na amostra estudada, que tal não acontece.

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