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Os oito odiados: o cinema épico de Quentin Tarantino

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Propomos, neste artigo, uma leitura da película Os oito odiados (2015), de Quentin Tarantino, naquilo em que ela pode ser aproximada do teatro épico de Bertolt Brecht, utilizando, para qualificá-la, a rubrica cinema épico. Os objetivos deste trabalho são refletir sobre: a dinâmica dos gêneros, a importância da funcionalidade e do efeito para os estudos sobre os gêneros e o papel didático (como postulado por Brecht para seu teatro épico) do cinema de Tarantino. Para tanto, analisamos os modos pelos quais Os oito odiados desenvolve o papel didático, encenando situações-limites do ser humano e promovendo reflexões em torno de possíveis questões que impelem o ser humano rumo à violência. Para a leitura dessa película, valemo-nos das perspectivas teóricas de Wolfgang Kayser sobre o gênero, de Noé Jitrik sobre o efeito, de Bertolt Brecht e de Anatol Rosenfeld sobre o teatro épico e de Ariano Suassuna sobre as relações possíveis entre teatro e cinema.

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