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A COMIDA E A LINGUAGEM EM “FOLCLORE DA ALIMENTAÇÃO” (1963): CASCUDO, OS FOLCLORISTAS E A CULTURA ALIMENTAR

SUMMARY

Até que ponto o sistema alimentar de um povo está impregnado nos verbetes que usamos na linguagem cotidiana? Esta comunicação tem o objetivo de analisar os significados culturais atribuídos aos alimentos que expressam a relação com o corpo e o comportamento a partir da obra “Folclore da alimentação”, de Cascudo (1898-1986), publicada na Revista Brasileira de Folclore (1963). O estudioso compilou 135 palavras, expressões, frases feitas e imagens comparativas provenientes do vocabulário corrente do cotidiano associadas à alimentação. Faz-se mister esclarecer que a mesma produção foi inserida no livro a “História da Alimentação no Brasil” (1983). O folclorista empregou a pesquisa histórica, etnográfica, bibliográfica e documental, a exemplo, O Diário de Pernambuco, fundado em 1825, a obra Auto da Ave-Maria – Auto dos Cantarinhos: com uma notícia biográfica do autor, de Antônio Prestes (1530) e o diálogo com outros folcloristas, tais como, Francisco Manuel de Melo (1608-1666), João Loureiro (1717-1791), Hermann Urtel (1873-1926), Francisco Augusto Pereira da Costa (1851-1923), Valdomiro Silveira (1873-1941), Ataliba Amaral Leite Penteado (1875-1929), Hidelgardes Cantolino Vianna (1919-2006), Édison de Souza Carneiro (1912-1972) e Cornélio Pires (1884-1958). A obra é uma rica fonte de pesquisa e reflexão da cultura alimentar que revela a contribuição africana, portuguesa, asiática, árabe, francesa, além da civilização da Antiguidade. Nas linhas e entrelinhas da obra, o historiador revela a riqueza da linguagem e da cultura da alimentação. Para analisar o referido universo comunicativo empregou-se os estudos da história cultural do alimento e, metodologicamente, investiu-se na pesquisa documental da obra o “Folclore da alimentação”.Palavras-chave: Comida. Linguagem. Folclore.

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