SUMMARY
A autolesão não suicida na adolescência tem recebido atenção de pesquisadores em virtude do aumento de casos relatados nas escolas e mídias sociais, porém, o tema ainda é pouco focalizado na produção científica em Psicologia Escolar. Este artigo configura-se como uma revisão narrativa que visa abordar as possibilidades da atuação do psicólogo escolar frente à temática, buscando também contribuir para o conhecimento nessa área a partir da perspectiva crítica. Inicialmente, abordamos alguns aspectos acerca da autolesão não suicida na adolescência presentes na literatura e sua relação com o campo da Psicologia Escolar. Em seguida, apresentamos uma breve contextualização da referida área e a perspectiva crítica de atuação do psicólogo escolar. Os estudos apontam várias possibilidades de ação do psicólogo relativas ao comportamento autolesivo não suicida no contexto educativo, abrangendo ações dirigidas a alunos, famílias e educadores. Discute-se que a autolesão em adolescentes precisa ser compreendida como sendo configurada a partir dos condicionantes histórico-sociais que permeiam a experiência do que é ser adolescente na sociedade atual e torna-se importante que o psicólogo escolar atue considerando as conjunturas presentes na atualidade e que sua ação se volte para finalidades transformadoras.