SUMMARY
O artigo busca trabalhar, a partir de levantamento bibliográfico, a discussão sobre a posição hegemônica dos homens em campos artísticos e o modo como categorias de gênero tornam-se marcadores de legitimação ou não nas obras. Este controle sobre os campos da arte se desenvolve em relação ao controle dos homens sobre o campo da ciência e às estratégias de manutenção e cerceamento do poder. Uma dessas estratégias foi a formação de academias, que funcionam para legitimar determinados campos e elaborar os elementos distintivos de “qualidade” para suas obras. Com isso, busca-se incitar possíveis caminhos para que possamos analisar as hierarquias de qualidades a partir de noções de gênero em vez de um viés pautado pela noção dicotômica do sexo.