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A Rebeldia do trabalho em tempos de escravidão: nuances da experiência do Maranhão

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A escravidão moderna é um dos desdobramentos do processo de formação do capitalismo no mundo ocidental. A racialização do corpo do sujeito escravizado, isto é, indivíduos de diferentes povos do continente africano ainda ofusca ou impede que se compreenda o trabalho escravo como produtor de valor. Mas, a análise deste a partir da perspectiva do Materialismo Histórico demonstra que o mesmo produzia valor porque a um só tempo o escravo era mercadoria e trabalho vivo. Nesse sentido, vale argumentar que sem o trabalho escravo a riqueza de grandes proprietários de escravos não teria sido possível e, que, por isso mesmo, devido a essa violência estrutural – as relações escravistas de produção – os trabalhadores escravos se rebelaram contra a mesma de diferentes modos no contexto da dinâmica econômica do Estado do Grão-Pará e Maranhão e, por conseguinte, nas províncias do Pará e do Maranhão, no século XIX, até que, por fim o trabalho escravo fosse abolido no Império brasileiro em 1888. A reflexão a respeito da rebeldia do trabalho em tempos de escravidão tem por propósito contribuir com a reflexão crítica acerca da relação entre a escravatura, o trabalho escravo e o capitalismo no mundo ocidental.

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