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Narrar e morder: símbolos da violência em Mulheres que mordem, de Beatriz Leal

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Neste trabalho, analisamos a obra Mulheres que mordem (2014), de Beatriz Leal.  A abordagem teórica está voltada ao texto literário e ao papel do crítico como responsável por ler a obra de uma perspectiva diferente do leitor. Motta (2002), Frye (1957), Culler (1999) e Norman Friedman (2002) conferem, portanto, robustez a esse corpus teórico, que tem como perspectiva metodológica a pesquisa bibliográfica. Mulheres que mordem é narrada a partir de vários pontos de vista que coincidem com o narrador onisciente seletivo, além de ser escrita majoritariamente em modo sumário, com poucas cenas descritivas. O simbolismo das metáforas empregadas pela autora mostra quatro personagens que mordem para obter o controle de si mesmas e do mundo que as cerca. Morder, neste sentido, está tanto no campo do real quanto no universo simbólico.

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