SUMMARY
Preciado caracteriza o regime da diferença sexual como um conjunto de tecnologias sociais que esconde sob o nome de Natureza aquilo que se configura como efeito da ordem política e econômica denominada “patriarcado hetero-colonial”. Deleuze e Guattari, em O Anti-Édipo, constroem uma concepção de sexualidade inseparável das determinações do campo social. Porém, veremos como é pelo conceito de sexualidade maquínica que os autores se furtam a reduzir a sexualidade a um simples efeito do campo social, pois também buscam uma dimensão criativa capaz de romper com essas determinações. A intenção deste artigo é, apesar da aparente divergência entre contrassexualidade e sexualidade maquínica, explorar afinidades conceituais entre ambas no que diz respeito à crítica à diferença sexual e ao esforço de experimentação de novas “plataformas sexuais”