SUMMARY
DOI: http://dx.doi.org/10.14244/198271991018 O artigo pauta a discussão sobre a ação dos movimentos sociais e organizações sindicais do campo para assegurar o direito à educação para as populações que vivem no meio rural, apresentando referências para análise de políticas de educação superior. Sua construção é resultante dos estudos do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação do Campo na Amazônia sobre o Movimento da Educação do Campo, referenciando-se na concepção de Educação do Campo construída nos últimos quinze anos e no referencial teórico de análise que a fundamenta, buscando evidenciar as conexões dos fatos do momento atual com a materialidade que os determina, as contradições e as tendências de sua transformação, assegurando a relação entre específico e geral, entre particular e universal. Ao destacar conquistas importantes desse movimento como: o fortalecimento da articulação entre os diferentes sujeitos coletivos e as organizações que lutam pela Educação do Campo, com a ampliação dos fóruns estaduais e a criação do Fórum Nacional de Educação do Campo; a definição de marcos legais para dar suporte a essas lutas; e a implementação de programas educacionais para atender os sujeitos do campo na educação básica e superior; o artigo evidencia o protagonismo das organizações dos trabalhadores do campo para superar as condições precárias de vida e de educação existentes no meio rural, em meio ao processo de regulação que se institui na relação com o Estado, especialmente na disputa de concepções e políticas públicas de educação em meio à dinâmica da luta de classes no campo. Palavras-Chaves: Educação do campo, Movimentos sociais, Políticas educacionais, Educação superior