SUMMARY
A realidade do sistema prisional é bastante complexa. Tratando-se da questão da educação profissional, deparamo-nos com polêmicas, limites e desafios. A atividade remunerada da mulher em regime de privação de liberdade define-se como uma perspectiva de retorno ao convívio social, porém neste processo emergem muitas contradições que identificamos no processo investigativo. O estudo aponta resultados significativos que refletem as expressões sociais da desigualdade social, a condição de classe destas mulheres em conflito com a lei, os limites da política social nas fronteiras do capitalismo e os diversos aspectos da alienação que limitam as perspectivas de uma possível reinserção social. É no contexto da análise destas contradições que se expressam os sentidos da atividade laborativa para as mulheres presidiárias do sistema penitenciário do Estado do Ceará, Brasil. Assim, acumulamos informações e reflexões sobre as ideias da ressocialização pela profissionalização, hoje apontada como uma das perspectivas de reintegração social das presidiárias.Palavras-chave: Capitalismo; Educação; Profissionalização; Prisão.