SUMMARY
A partir do levantamento de dados, datas de estreias, entrevistas, primeiras interpretações, gravações e críticas, além de mais de 30 inéditas matérias suscitadas em jornais e periódicos, este artigo apresenta dois propósitos: primeiro, realizar uma genealogia das três versões concebidas por Villa-Lobos para uma de suas peças vocais ainda pouco conhecidas, a Canção do Poeta do Século XVIII; depois, avaliar se (e em que medida) o debate em torno de questões estéticas e/ou estilísticas esteve presente já nos primeiros registros (gravações e performances) e críticas musicais que a obra recebeu ao longo das décadas de 1960 e 1970. Os resultados suscitam um possível olhar sobre a produção para canto e violão de Villa-Lobos a partir do conceito de “identidade transitiva” proposto por LLANOS (2018).