SUMMARY
As escolas de samba são espaços para a produção de História Pública. Para confirmar esta afirmação, foi escolhido, como estudo de caso, o desfile da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, em 2019, como estudo de caso. A escola se propunha a trazer para a Avenida Marquês de Sapucaí personagens históricos apagados pela história oficial. Contudo, interessa aqui, não apenas a análise do desfile em si, mas o seu processo, ou seja, como ele foi pensado e desenvolvido até chegar a sua apresentação para o público. Este artigo parte de uma compreensão em que a história pública é “feita para, com e pelo público” (MAUAD, ALMEIDA & SANTHIAGO, 2016, p.12). Foram utilizadas como fontes o Livro Abre-Alas, a sinopse do enredo da Mangueira, notícias veiculadas na internet, entrevistas, textos diversos sobre o desfile e o Google Trends, como métrica de interesse para os temas suscitados pela escola no período de um ano (2018-2019). A metodologia consistiu em articular o debate atual sobre História Pública “MAUAD, SANTHIAGO & BORGES, 2018) com as fontes utilizadas, para compreender desde a construção inicial do enredo até a sua realização em forma de desfile na Avenida.