SUMMARY
Este artigo tem por objectivo examinar como a actividade mineira enquanto factor das primeiras presenças portuguesas efetivas e continuadas no território, participou do processo de formação socioterritorial de Moçambique. Especificamente, o estudo pretende analisar o desenvolvimento da mineração e suas implicações sobre a organização do território e as relações de trabalho durante a vigência do regime colonial no país. O ponto de partida dessa análise considera a categoria território na sua dimensão de totalidade. Para o seu entendimento, privilegiou-se uma abordagem centrada na dialética espaço-tempo a fim de apreender as contradições que envolveram o processo de formação socioterritorial de Moçambique durante esse período. Essa análise foi possível por meio da realização de pesquisas bibliográfica e documental as quais possibilitaram demonstrar como ao longo do processo histórico, o território moçambicano foi sempre re-configurado para atender os interesses da lógica de produção e expansão capitalista face à exploração dos recursos territoriais do país.
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