SUMMARY
O babaçu é uma palmeira que possui importância industrial na extração de seu óleo e é utilizada há séculos por populações tradicionais como fonte de alimento e material para construção de casas e energia. Está presente na América do Sul, principalmente em áreas perturbadas, e pode ser encontrada isolada ou de forma massiva, caracterizando uma formação ecossistêmica denominada babaçual. Verifica-se a necessidade de identificação e mapeamento destes ecossistemas no Brasil. Os índices de vegetação têm proporcionado grande auxílio na identificação de fisionomias vegetais. Na literatura sua difusão já é muito conhecida com aplicações de sensores multiespectrais, mas o aspecto diferencial dessa pesquisa é tratar da investigação de alguns desses índices para verificar qual o que mais se adéqua ao mapeamento de fisionomias de babaçu. Sendo assim, este estudo propõe a análise de diferentes índices de vegetação que contribuam para a identificação de babaçuais, inferindo sobre aspectos do comportamento das bandas espectrais e o índice mais adequado, além de demonstrar com análise empírica a relação de dependência entre a palmeira babaçu e as áreas com presença de pasto e vegetação de Cerrado, algo já discutido na comunidade botânica, mas não apresentado de forma remota corroborando assim com a manutenção das hipóteses presente nos estudos botânicos da Attalea speciosa Mart. ex Spreng . Foram analisadas amostras de pixels das imagens processadas do sensor OLI/Landsat 8 no município de Babaçulândia, norte do Estado de Tocantins, e verificou-se que o melhor índice para esta análise é o NDMI (Normalized Difference Moisture Index) por ser mais sensível à vegetação, onde a presença de umidade é maior. Essa constatação serve de subsídio para estudos de mapeamento do babaçu com dados Landsat.