SUMMARY
A arborização urbana inclui a vegetação arbórea natural ou cultivada que uma cidade apresenta em áreas particulares, praças, parques e vias públicas. Nas cidades onde ocorre planejamento da arborização há preocupação em tornar o ambiente diversificado e envolvente, evitando conflitos pelo plantio de espécies inadequadas, que conflitem com os equipamentos urbanos ou apresentem riscos à população. Neste contexto, o presente trabalho objetivou diagnosticar a arborização urbana das vias públicas da cidade de Pérola d´Oeste, Paraná, Brasil, de modo a fornecer dados para planejamentos futuros na cidade. As quadras foram definidas como unidades amostrais e de um total de 126, 50 quadras foram sorteadas para avaliação da arborização existente em seus passeios. Foram observados 891 indivíduos, pertencentes a 57 espécies e 31 famílias botânicas. A espécie mais abundante foi Mangifera indica, com 21,7% do total de indivíduos, seguida de Cinnamomum burmannii, com 14,3%. A família Fabaceae mostrou maior riqueza, representada por nove espécies. Foi constatado que 81,7% das espécies do estudo eram exóticas e 18,3% nativas. Handroanthus albus, com 2,2%, foi a espécie nativa mais abundante, seguida da Tibouchina mutabilis, com 2,1%. O estudo apontou 19 espécies consideradas inadequadas para arborização das vias urbanas. A interação com artrópodes foi a mais frequente, ocorrendo em 87,2% das árvores. Em relação aos conflitos, poucos foram observados, sendo 8% com a rede elétrica e 9,7% com danos às calçadas e/ou edificações. De posse desses dados, é possível organizar um plano de adequações para a arborização, de modo que ela cumpra adequadamente suas funções.