SUMMARY
As publicações de narrativas maravilhosas desenvolvem-se em duas vertentes no Brasil a partir do século XIX: de um lado, as obras regionalistas de Valdomiro Silveira e Simões Lopes Neto; de outro, as coletâneas infantis traduzidas por Figueiredo Pimentel. Na linha dos regionalistas, emerge a coletânea Contos Tradicionais do Brasil, publicada em 1946 por Luís da Câmara Cascudo. Com a finalidade de mostrar a contribuição do escritor potiguar para a linha teórica do maravilhoso popular no Brasil, este trabalho propõe investigar os recursos populares e literários desta antologia. Nossa hipótese é a de que a mescla de ambos trava o diálogo entre tradição e inovação na escrita de Cascudo. Para tanto, são utilizadas as considerações teóricas de Cascudo (1972; 1984; 2004) e outros pesquisadores.